segunda-feira, 30 de março de 2015

Editorial celebra a beleza da mulher curvilínea!

Defendendo a sensualidade das mulheres curvilíneas, o novo editorial da fotógrafa Jamie Beck traz a modelo norte-americana plus size Jourdan Whitehead completamente nua e sem filtros.
Provando que existe beleza feminina nas mais diversas formas e tamanhos, o ensaio batizado "Rediscovering the Goddess" foi publicado no site The Glamourai, acompanhado uma incrível crítica sobre a padronização da imagem da mulher:

"A estética mainstream insiste que só o magro é sexy (na melhor das hipóteses, as garotas curvilíneas são relegadas para o domínio do fetiche), o que não é apenas arbitrário, mas inverídico e extremamente perigoso. Estudos mostram que a maioria das mulheres está insatisfeita com seu corpo – essa falta de satisfação é tão presente que, nos Estados Unidos, estar preocupada com sua forma física e peso é considerado parte de ser mulher. Como isso é normal?Por que concordamos em obedecer um conjunto restrito de padrões que não permite nenhuma alternativa?", questionava o post.

Goddess6-1247x748

Goddess3-1247x1247

Goddess2-1247x1247



Quebrando padrões, amo sempre matérias nesse estilo. Existem diversas fotos, uma mais expressiva que a outra. Amei!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Dicas de moda e looks para gordinhas.

  • Fazia tempo que não colocava algumas dicas para vocês. Mais esse post esta recheado de diversas dicas de moda e looks para nós Plus arrasarmos!! 

  • Vamos conferir:

  • Colorida
Preto emagrece. Nós mulheres praticamente crescemos ouvindo essa frase. Não deixa de ser verdade, mas as gordinhas podem sim aderir às outras cores. Basta ter algumas cartas na manga: peças com decote em V, marcação império e cintura mais alta são ótimas pedidas. Um blazer por cima, seja ele colorido ou preto, acinturado e levemente comprido dá uma afinada no shape. Mas se vocês preferem não arriscar tanto no look, apenas dê uns toques de cores com acessórios, como uma bolsa de mão para não agregar volume ao corpo e lenços coloridos ou estampados que vão chamar atenção para o seu rosto.
coloridas
  • Blazer acinturado
blazer é uma peça versátil. Pode ser usado tanto para trabalhar como para um passeio. Ao ser colocado sob uma blusa contrastante, emagrece visualmente, pois cria uma linha vertical e é uma ótima pedida nos looks para gordinhas. Complementem com um sapato da mesma tonalidade da calça e terão pernas mais longas.
Dicas de moda e looks para gordinhas
  • Blusa comprida
Blusas e blazers com modelagem um pouco mais comprida são ótimos para dar uma afinada no corpo. Geralmente as pessoas acima do peso têm o quadril mais largo e a peça cobrindo essa região dá uma boa disfarçada no volume.
Dicas de moda e looks para gordinhas - blusa comprida
  • Evasê
Tecidos encorpados como algodão e sarja em modelagem evasê também são ótimos para disfarçar um quadril mais amplo, pois não marcam a silhueta e nem são soltos demais. Aproveitem para usar uma peça estampada ou de cor forte.
Dicas de moda e looks para gordinhas - evase
  • Cintura alta
A cintura alta é uma grande aliada das gordinhas. Além de dar uma segurada na barriga, ela modela o corpo e dá uma afinada na cintura (para as magrinhas também é um ótimo recurso, pois cria curvas). Usem uma calça, short ou saia com uma blusa mais soltinha e será sucesso garantido!
Dicas de moda e looks para gordinhas - cintura alta
  • Vestido acinturado
Vestido muito justo não é a melhor opção de look para gordinhas. Costuma evidenciar e às vezes até dá a impressão de aumentar um pouco o volume. Largo demais também não é bom. Engorda e confere uma silhueta quadrada. Escolha um modelo um pouco mais soltinho e marque levemente a cintura com um cinto ou uma faixa. Esse truque vai deixar o visual mais harmônico e com as curvas nos lugares certos.
Dicas de moda e looks para gordinhas - vestidos acinturados
  • Estampa
Aí está outro tabu! Muitas mulheres mais cheinhas passam longe dessas roupas. Mas não precisam, é só saber usar. Uma dica básica: peças estampadas com fundo escuro diminuem o tamanho, e com fundo claro aumentam. O mesmo vale para estampas grandes, que não valorizam as gordinhas, mas podem ir fundo nas miúdas! Elas estão liberadas! Ainda há outros pontos: as estampas chamam bastante atenção para a parte do corpo em que está situada, então aproveitem para usar esse truque a favor de vocês e disfarçar o que mais incomoda. Por exemplo, se a região que vocês menos gostam são os seios grandes e barriga avantajada, combinem uma calça estampada com camisa escura. Desenhos florais pequenos e pois ficam  melhor enquanto flores grandes e print geométrico aumentam. A explicação está no efeito ótico criado pelo contorno das formas que fica mais visível pelo reflexo da cor mais clara e pela sombra das curvas projetadas no tecido. O cérebro acaba vendo o perfil corporal no mesmo formato, o que torna a silhueta visualmente mais redonda.
Dicas de moda e looks para gordinhas - estampa
  • Festa
Muitas vezes é difícil achar uma roupa de festa que valorize o corpo de uma gordinha. Geralmente os trajes são bem decotados em todos os lugares como seios, costas, braços e até na cintura! Mas há espaço para todas. Que tal uma manguinha? Comprida ou curta dá uma disfarçada naquele braço maiorzinho, fica elegante e de quebra faz vocês parecerem mais magras. Tecidos estruturados também caem super bem porque não marca o corpo. E não pensem que só o preto está permitido. O importante é a modelagem! Ela vai dar o tom do seu shape. Escolham um modelo acinturado e fiquem atentas aos detalhes. O drapeado, por exemplo, em excesso pode ser um desastre e criar volume demais. Ou então, como no caso da imagem abaixo, pode ser um aliado ao redesenhar o corpo. E para uma festa mais chique, vale à pena investir em uma cinta modeladora.
Dicas de moda e looks para gordinhas - festa
  •  Acessório
Os acessórios podem dar aquela ajuda básica. Brincos coloridos e lenços chamam a atenção para o rosto, mas o grande truque é o colar comprido que além de criar um ponto de foco no centro do corpo e tirar a atenção de partes normalmente maiores, ainda alonga a silhueta. Podem fazer o teste em frente ao espelho com e sem o colar e vão ver a diferença.
Dicas de moda e looks para gordinhas - colar
E ai, gostaram?? Achei todas as dicas excelentes! 
Beijos

quinta-feira, 26 de março de 2015

Garota luta para retirar fotos de anorexia da web que indicavam o 'corpo ideal'

A norte-americana Anne Maria Sengillo, de 27 anos, está em uma luta para que as suas fotos do perídio em que sofreu de anorexia sejam retiradas de circulação da internet. A estudante batalhou durante sete anos contra uma anorexia e recentemente teve as imagens compartilhadas por internautas nas redes sociais como se a sua perda de peso, na época, fosse o ‘ideal’ a seguir. As informações são do The Daily Mail’.
“Quando me alertaram que as fotos estavam nas redes sociais foi como um soco no estomago para mim”, disse ao jornal britânico. “Eu não quero ser vista como inspiração para uma doença que quase me matou”, completou.
Anne havia postado as fotos em um site norte-americano colaborativo com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre os perigos da doença. No entanto, a página republicou as imagens nas redes sociais com outra mensagem: "Confira essa perda de peso incrível", dizia a manchete.
Histórico
Anne pesava 60 quilos em 2006 e começou a seguir uma dieta rigorosa para perder peso. Em 2007 ela alcançou a marca de 28 quilos, perdendo quase a metade do seu peso corporal.
O problema se agravou quando o seu pai faleceu em 2013. Com idas e voltas no hospital, a decisão final para voltar a ter uma vida saudável veio após uma tentativa de suicídio, no mesmo ano.
Como forma de documentar a sua recuperação, bem como as recaídas, ela publicou as fotos no site colaborativo para incentivar as pessoas a superarem o mesmo problema que o dela. Agora Anne luta para retirá-las.
Veja as imagens que ela pede para ser retirada. Todas as fotos: Reprodução/The Daily Mail:
Meninas, existem defensores do corpo ideal e ser Anoréxica não te da o corpo ideal, e sim uma doença e em muitos casos acabam em morte. Sempre digo que é muito importante ter amor próprio, mais lembre-se Amor Próprio e Saúde andam de mãos dadas. Para os moralistas de plantão não estou dizendo que ser gorda é a solução, eu não posso e nem devo dizer isso. Mais chegar ao ponto de 'se matar' em busca do corpo ideal pela sociedade hipócrita e mídia, não por favor não façam isso. Assim como obesidade mórbida é doença e causa morte, Anorexia e Bulimia também!
Por favor se cuidem e parem de se limitar ao corpo ideal. Sejam Gordas, Magras, Gostosas, mais antes de tudo tenham saúde! 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Blogueiras Plus Size fazem editorial de moda praia com as próprias roupas!

Para provar que modelos mais "gordinhas" também ficam lindas em sessões de fotos, blogueiras usaram as roupas que tinham em casa para registrar os momentos. Confira!


Foto: Géssica Hage
                                              Foto: Géssica Hage


Há muito tempo questiono, e não me conformo, sobre como as marcas plus size descaradamente não quererem usar modelos realmente gordas em seus editoriais, lookbook e qualquer outro material de divulgação juntamente com as tops de manequins menores.
As desculpas são tão esfarrapadas quanto os velhos modelos "sacos de batata" que outrora usávamos: pouquíssimas grifes produzem peças acima do manequim 50/52. Ok! Mas se você produz até o 52, coloque uma modelo gorda que vista essa numeração.

Essas marcas dizem ainda que modelos gordas (com barriga, por exemplo) dão mais trabalho para editar as fotos. Mas só lembrando que edição de foto é para melhorar a foto, e não para transformar as pessoas. Se vai vender para uma gorda com barriga, não tente eliminar essa parte do corpo da sua modelo usando os recursos de edição.
Pois bem, o editorial "Heat Sistas – Moda praia com Babu e Gisella" está aí para provar que o problema não é o tamanho do corpo, mas a falta de uma produção de moda bem pensada para mulheres realmente voluptuosas e com formas diferentes. Fiquei imensamente feliz em ver que as meninas se jogaram com amor na tarefa de produzir um material que não ficou devendo nada aos das blogueiras plus gringas.


E o mais legal é que toda a produção foi feita pelas autoras do blog usando apenas as peças que elas já tinham no armário. Resultado: além de terem feito uma ótima sessão de fotos, está diferente das grifes que, naturalmente, possuem todo um aparato. Babu e Gisella trabalharam com o que possuíam de melhor: conhecimento de mercado, boa vontade e amor.
Espero realmente que, além deas marcas desejarem apenas "abrir" nossas carteiras, que elas abram também a mente e enxerguem o mercado que os sustenta com menos preconceito.

Quem é Babu Carreira
Babu Carreira é protagonista da websérie "A Vida Sexual de Babu", exibida no site do canal de TV Multishow. Na emissora, Babu foi a primeira apresentadora plus size do programa "Papo Calcinha", no qual entrou a partir da sexta temporada.
Formada em design, com experiência na área de moda, há mais de 4 anos escreve para o público plus size. Recentemente inaugurou seu próprio blog: o "BlogdaBabu.com". Seu estilo extravagante e irreverência transparecem em seus textos sobre moda, sexo, autoestima e movimento de autoaceitação.


Quem é Gisella Francisca
Gisella Francisca é jornalista, consultora de estilo e blogueira carioca que transita entre o Rio de Janeiro (Brasil) e Oslo (Noruega) mostrando que estilo e autoestima elevada estão acima de qualquer padrão. No blog "GisellaFrancisca.com", ela coloca em prática o seu faro apurado sobre moda e tendência, abordando ainda temas como beleza, viagens, cultura e gastronomia. Já trabalhou com marcas como "Leader" e "Mercatto", e é referência plus size na Noruega.

É a primeira palestrante sobre moda plus size no Sinaest 2.0 (Simpósio Nacional de Estilo Feminino) e já teve uma websérie no site da GNT chamada “A beleza de Gisella”. Na ocasião ela dava dicas de beleza e autoestima. Além disso, trabalha com diversas marcas nacionais oferecendo consultoria de estilo para desenvolvimento do mercado brasileiro.

Fonte: Tempo de Mulher - Keka Demétrio

Arrasaram, amei!

Beijos Plus! 

terça-feira, 24 de março de 2015

Fluvia Lacerda estrela primeira campanha plus size da Marisa

Editora Globo (Foto: Editora Globo)
Fluvia Lacerda na primeira campanha plus size da Marisa (Foto: Divulgação)

Conhecida como a Gisele Bündchen plus size, a modelo Fluvia Lacerda foi escolhida para estrelar a primeira campanha plus size da Marisa. A marca, que já produzia uma grade de tamanhos maiores como parte de sua coleção original, resolveu dedicar um catálogo exclusivo às peças GG.
A coleção reforça a posição da etiqueta de oferecer uma moda democrática, e é composta por t-shirts divertidas, leggings, jeans, vestidos bem femininos e com uma pegada romântica. Há também uma linha de lingerie, com peças de renda, estampa floral e poá, já venda nas lojas da marca de todo o Brasil.
Fluvia conversou com Vogue sobre sua carreira, corpo e como lida com o preconceito. Confira o bate-papo a seguir:

Quando você decidiu se tornar uma modelo plus size?
Fui descoberta num ônibus em Manhattan por uma editora de moda. Na época, trabalhava como babá e decidi aceitar o convite dela pra visitar algumas agências. Tive oferta de contrato e topei ver no que dava. Nunca mais parei de trabalhar.

Já sentiu preconceito por ter um biotipo considerado fora do padrão?
Se já, passou despercebido. Encaro o preconceito como um problema de quem o tem e não meu, portanto não me deixo afetar ou sequer dou atenção a esse tipo de coisa.

Você sempre se sentiu bem com seu corpo?
Sim, sempre. Não faria sentido não me sentir bem comigo mesma tendo saúde e sendo tão amada por pessoas que me querem tão bem.

Você acha que o mercado plus size evoluiu no Brasil?
Sem dúvida alguma. É impossível ignorar que a grande maioria das mulheres brasileiras vestem manequins acima do 44.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)

segunda-feira, 23 de março de 2015

Marca de lingerie faz um teste e descobre que modelos plus-size vendem mais!

A marca nova-iorquina Adore Me constatou que o público prefere modelos plus-size morenas do que as loiras super magras.

TESTE MOSTRA QUE MODELOS PLUS-SIZE MORENAS VENDEM MAIS QUE AS LOIRAS MAGRAS (Foto: Reprodução/AdoreMe)

Engana-se quem pensa que só as modelos supermagras e loiras fazem sucesso. A marca nova-iorquina Adore Me resolveu fazer um teste e se surpreendeu com o resultado: modelos plus-size morenas vendem mais.

A grife criou 3 comerciais: um apresentando um grupo de modelos loiras, outro com morenas e o terceiro com uma modelo plus-size morena. Eles usaram uma estratégia de marketing comum em que são mostrados aos consumidores diferentes anúncios e, em seguida, seus hábitos de compra são analisados para descobrir qual é o estilo de sua preferência. O anúncio de 30 segundos com o modelo plus-size morena gerou quatro vezes o número de vendas do anúncio que com as modelos loiras.
Morgan Hermand-Waiche, dona da grife, disse ao "CNN": "há uma mentalidade que as pessoas têm que ser supermagras...Nós estamos mostrando que oferecemos lingerie para todos", afirma. "Morenas vendem melhor do que as loiras. Nossos clientes - e as mulheres no geral - preferem morenas quando o assunto é lingerie. É o que vimos."

terça-feira, 17 de março de 2015

Os 10 fatos que os Homens adorariam que nós mulheres soubéssemos

Você mulher que ainda acredita que os homens só pensam em sexo , besteiras e sacanagens , podem estar redondamente enganadas!

Ainda existem cavalheiros (eu tenho um) que sentem vontade de que suas mulheres saibam coisas sobre eles , como essas opiniões a seguir :
                                                                 
1. Fale o que pensa. Não fica com frescura, porque não gostamos de indiretas;

2. Se fizermos alguma besteira, fale – uma vez, ta bom!

3. Eu sinto amor e gosto de você, não pela sua prima ou pela sua amiga, tira isso da sua mente!

4. Você fica muito linda com aquele seu pijama velhinho de algodão;

5. Não pense que usar maquiagem é obrigatório – natural é sempre melhor (quase sempre, rs);

6. Quando não está tudo bem, não precisa mentir, porque vocês não sabem disfarçar! Então fale a verdade;

7. Se você quiser ir para cama me chame a hora que quiser, estarei sempre a disposição! Se é que me entende;

8. O melhor som do mundo é ouvir você na hora da relação;

9. Se eu te dou opinião quando você está se arrumando, significa que você está muito atrasada! (e não que esta feia);

10. Celulite ou lingerie feia só nos incomodam se estiverem em um estado muito crítico.


É meninas, precisamos as vezes deixar nossas inseguranças de lado e viver nossa vida. Assim seremos mais felizes. Esse texto já é muito circulado na internet, mais é sempre bom ler!

Beijos, Plus.

sexta-feira, 13 de março de 2015

11 frases infelizes que toda gordinha já ouviu!


Mulheres plus size de biquini

Gordofobia, assim como outras formas de preconceito, é pressupor que todas as pessoas que portam uma certa característica se comportam de uma forma negativa. Nesse caso, é assumir que toda gorda é sedentária/ doente/ preguiçosa/ feia/ desleixada. A verdade é que, na maioria das vezes, as gordas estão tão preocupadas com peso - ou mais - quanto uma menina magra.

Como uma mulher gorda e bem resolvida, posso dizer que os comentários a seguir não melhoram a autoestima de ninguém e tampouco ajudam a diminuir o preconceito (ou o peso, se você quer saber).
 1. Ah, o seu rosto é tão lindo!
O.K. a intenção foi um elogio, mas o que não foi dito - e ficou subentendido - é que o seu corpo, ao contrário do rosto, é feio.
Pensei, mas não falei: "Obrigada, mas tenho tantas outras qualidades além do meu físico, como, por exemplo, educação."
 2. Você tem que emagrecer, sabe… Por saúde!
A intenção parece boa por trás dessa, mas partir do pressuposto que a pessoa está doente só porque está uns quilos acima do que consideram ideal é realmente preconceituoso. Além disso, ninguém vira para uma pessoa desconhecida, do nada, e dá palpite sobre sua saúde.
Pensei, mas não falei: "Vem cá, por acaso você fica parada na praça de alimentação falando para todo mundo que está na fila dos fast foods que fritura e gordura em excesso fazem mal? Talvez faça mais efeito."
 3. Você não deveria comer tanto, faz mal…
Apesar de poder ser uma verdade, será que você falaria isso para uma pessoa magrinha? Pense nisso: talvez o seu discurso de "fazer mal" esteja apenas disfarçando que você acha que a pessoa está gorda e deveria comer menos. Mas quem pode dizer como deve ou não ser o corpo de outra pessoa?
Pensei, mas não falei: "E por acaso é você quem paga as minhas calças plus size?"
 4. "Tinha que ser gorda..."
É como se o peso de alguém definisse sua personalidade ou como, por ser gorda, a pessoa estivesse fatalmente destinada a fazer coisas erradas.
Pensei, mas não falei: "E você tinha que ser preconceituosa."

5. "Ela está ótima, mas engordou"

Quando você coloca o "mas", deixa claro que é uma situação contrária ao "estar ótima". Mas por que colocar o seu padrão para o outro e ter engordado ser sempre uma coisa ruim? Pense nisso…
Pensei, mas não falei: "Deve ter engordado porque está feliz demais para contar calorias."
 6. Esse fim de semana, fiz uma gordice

Como se sair da dieta fosse uma coisa exclusiva de gorda! Afinal, só a gorda pode ser descontrolada na hora de comer (#ironia), né?

Pensei, mas não falei: "Se esse fim de semana você saiu da dieta, não culpe as gordas pelo seu descontrole emocional..."
 7. Que linda, você emagreceu!
Além de relacionar apenas magreza com beleza, essa frase é muito indelicada. A não ser que você tenha certeza de que a pessoa estava fazendo dieta com o objetivo de emagrecer, nem sempre a perda de peso está associada a fatores positivos. 
Pensei, mas não falei: "Desculpa, queridinha, sempre fui linda!"
 8. Ela não é gorda, ela é fofinha
Negar a palavra gorda e usar diminutivos no lugar dela coloca a pessoa como se estivesse em uma situação desfavorável. Como se o fato dela não ser magra a colocasse em uma posição de pena. Ou, então, dizer que ela está só fofinha pode deixar subentendido que ela não está "tão mal quanto uma gorda".
Pensei, mas não falei: "Fofinha, não, meu bem, fofinha é uma bala de goma. Ela é gorda e não há nada de errado nisso! Ela não é melhor nem pior que ninguém."
 9. Ela é bonita, mas é gordinha
Normalmente a pessoa que fala isso nem pára para pensar antes de falar. Quer dizer que ela achou aquela mulher bonita, mas como ser gorda é "proibido" ela teve que fazer o adendo do "mas é gordinha" - embora, talvez ela nem ache feio ser gorda.
Pensei mas não falei: "Ela é bonita E gorda E sua opinião é irrelevante na vida dela..."
 10. Só é gorda quem quer
Veja bem, existem diversos fatores que levam ao excesso de peso, um deles é genética. Ninguém pode dizer o quanto é fácil ou difícil emagrecer para outra pessoa, afinal cada corpo é único e age de diferentes formas. Sem contar que essa frase dá a entender que toda gorda (e só a gorda) é preguiçosa e não tem força de vontade.
Pensei, mas não falei: "Seu preconceito também é opcional, sabia?"
 11. Mas tudo bem, porque homem gosta de ter onde pegar
Gente, alô! Quer dizer que depois de tudo isso, você ainda vai dizer que a gorda só é boa porque tem como preencher as mãos de um homem? Além de machista, essa frase reafirma aquele velho esteriótipo da gorda sexualizada, que também não é legal. Sem contar que, de quebra, ainda ofende as meninas magrinhas. Não é legal tentar quebrar um preconceito formando outros, ok?

Pensei, mas não falei: "Então eles que peguem na própria bunda, porque não estou à mercê só porque sou gorda. Obrigada, de nada!"

Já passei por todas essas frases e pensei tudo ao contrario do que eu respondi. hahaha

Beijos Plus! 

quarta-feira, 11 de março de 2015

Modelo plus size com Síndrome de Down conquista recorde!

Pâmela Caroline de Andrade, conhecida como Pâmela “Pampam”, é um exemplo de que pessoas com a trissomia 21 podem ter uma vida normal e realizar sonhos. Aos 30 anos, ela entra para o RankBrasil em 2015 pelo recorde de Primeira modelo plus size com Síndrome de Down.
Com empenho e dedicação, a gaúcha nascida em Porto Alegre concluiu o curso profissionalizante de modelo e manequim em 10 de maio de 2014, onde aprendeu técnicas de maquiagem, nutrição, estética e boas maneiras.
A recordista decidiu atuar na área em 2013, após desfilar no projeto “Vem inclusão: moda, luz e arte”, oportunidade oferecida através da gestora de modas Karina Carvalho Unif. Depois disto, por não ter medidas ideais, fez o curso para plus size.
“Receber o certificado de conclusão foi uma alegria e uma emoção por se tratar da realização de um sonho”, comenta Pâmela. Na formatura, surpreendeu a turma e o professor com um discurso de agradecimento pela receptividade e apoio de toda equipe.

Trabalhos e vida pessoal

Ela já participou de desfiles de moda e vitrines vivas de diversas lojas e grifes como ChiQte Plus Size, Marisa, Beagle, Óticas Diniz, Bolsamania, Gracejo Noivas, Inove Multimarcas, Óticas Mondadori, entre outras.
A modelo, que atualmente reside em São José (SC), tem sido convidada para desfilar todos os anos no projeto Vem Inclusão, e em lojas de moda plus size. Ainda atuou como convidada no filme ‘Cromossomo 21’, do diretor Alex Duarte, e que será lançado este ano no país.
Longe das passarelas, Pâmela afirma ter uma vida normal. Ela faz todas as tarefas domésticas necessárias, gosta de assistir televisão e de internet. Quando criança aprendeu a ler e escrever. Pinta telas com a temática natureza e faz curso de culinária com o chefe Guilherme Barros. A gaúcha também tem um noivo e um dia pretende se casar.

Exemplo

Com a experiência de quem já possui várias histórias para contar e a expectativa de muita vida pela frente, a modelo deixa um recado a outras pessoas com a Síndrome de Down: “Nunca desista dos seus sonhos, porque se você tentar eles vão se tornar realidade”.
A mãe de Pâmela, Elizabeth Gomes Andrade, uma das sócias-fundadoras da ONG Amigo Down, fala sobre a importância do incentivo da família no desenvolvimento do indivíduo com a trissomia 21.
Segundo ela, é necessário sair e mostrar o mundo fora de casa: é preciso dar oportunidades e estimular, como colocar estas pessoas em cursos regulares e específicos para diferentes gostos, como informática, maquiagem, entre tantos outros”, destaca. “Aposte e acredite nos seus filhos que eles conseguem. É só ter paciência e boa vontade”, finaliza.

terça-feira, 10 de março de 2015

Texto: Meu namorado ama mulheres gordas ♥



Ironicamente, conheci meu namorado durante o mês em que estive mais magra na minha vida.

Eu estava na festa de aniversário de um amigo em um bar quando vi meu futuro namorado Brian do outro lado, falando com o aniversariante. O Brian era o tipo de cara que passei a maior parte do ensino médio e da universidade e de toda minha vida adulta desejando e nunca consegui: magro, com cabelos escuros, óculos e calça jeans rasgada nos melhores lugares. Tinha uma boca linda que estava falava coisas empolgadas, mas que eu não conseguia ouvir, e que estava fazendo todo mundo ao redor dele rir.

Pela primeira vez desde que eu tinha começado a sair com o Brian, olhei para mim e percebi que meu corpo, quase sem que eu percebesse, estava voltando ao seu antigo estado de gordura. Esta é você de verdade, pensei. A outra foi apenas um disfarce. Mas você não pode enganar todo mundo para sempre.


E quanto menos elogios sobre o meu corpo eu recebia de outras pessoas, mais eu recebia do Brian. Cheguei ao ponto em que os elogios do Brian eram realmente dolorosos de ouvir — toda vez que ele dizia “você está linda”, tudo o que eu ouvia era “você está gorda”.

Eu comecei a experimentar roupas na frente do Brian para conseguir sua opinião. Era um bom sistema. Tudo que ele gostasse, eu não usaria.

Foi nessa época que eu comecei a ser má comigo mesma — verdadeiramente cruel. Eu me olhava por horas no espelho da mesma forma que uma criança observa embasbacada uma pessoa feia na rua.


Eu empurrava e puxava os rolos de gordura da minha barriga com minhas mãos o mais plano possível que conseguia e tentava imaginar como ela ficaria pela metade, sem estar sobrecarregada com o que eu tinha feito a ela. Cada elogio que o Brian me dava ia de encontro com algo igualmente cruel sobre mim. Era como se minha auto-imagem estivesse em uma partida de tênis, e era mais importante para mim estar certa do que me sentir bem.

No final das contas, as expressões que Brian fazia quando eu acabava comigo, mudaram de compaixão para frustração.

“Eu amo o seu corpo”, o Brian dizia, cuidadosamente. “Pois a Kristin vive no seu corpo”.


Mesmo sendo amada, eu ainda não me sentia assim — pois na minha mente, eu não tinha ganhado isso. Você venceu, eu tentava dizer a mim mesma. Você ainda ganhou amor enquanto engordou.


Então eu fui a uma sessão com minha psiquiatra e, pela primeira vez em anos, ela não disse nada sobre o meu corpo. Absolutamente nada.

Não, eu não ganhei, era isso o que eu me dizia. Eu consegui o que queria, mas eu não fiz por merecer. Isso é trapacear. Eu trapaceei.

E embora o Brian tenha sido sempre aberto e confiante sobre suas preferências, elas começaram a me envergonhar. Uma vez, numa festa, ele mencionou para um grupo de pessoas com as quais conversávamos que a Rebel Wilson era gostosa. Em seguida, houve um breve silêncio, durante o qual na verdade eu saí de fininho da conversa, como se eu estivesse tentando fisicamente escapar antes que uma comparação entre a Rebel Wilson e mim pudesse me atingir.


O que é ridículo. A Rebel Wilson é fabulosa. Por que eu não ia querer isso para mim?

E o que aconteceria se eu perdesse todo este peso?, perguntava a mim mesma amargamente. O Brian ainda se sentiria da mesma forma? Eu estava condenada a ser convencionalmente atraente ou objeto do fetiche de alguém?

Uma das coisas que cheguei a entender é que, quando você está solteira, odiar o seu corpo é mais ou menos um crime sem vítimas, sem contar você mesma. Quando você entra em um relacionamento, no entanto, isso se torna um referendo constante sobre os gostos e o julgamento da pessoa que te ama.


O outro problema era que, quanto mais eu me cutucava, mais o Brian se cutucava também. Embora ele objetivamente não seja uma pessoa muito gorda, ele sucumbiu um pouco aos 4 a 7 quilos que todo mundo ganha quando está feliz e apaixonado. Mas um dia eu vi que ele estava se olhando no espelho, agarrando seu pneuzinho e se torturando sobre como ele achava que isso o deixava uma pessoa horrível.


“Isso é ridículo”, eu disse. Pois isso era bem óbvio — ele estava tentando pegar um punhado do seu pneuzinho para enfatizar, mas não conseguia nem encher a mão.“Não é, não”, ele disparou de volta, com aquele tom de voz irritado, desesperado, que já usei tantas vezes. “Agora eu sou apenas uma pessoa gorda”.


Não, você não é, pensei, e eu me perguntei quantas vezes o Brian tinha se sentido assim: frustrado, irritado e indefeso enquanto me observava destruir uma coisa que ele amava.


A coisa que eu mais me esforcei para entender foi que, assim como eu não sou apenas uma garota gorda, o Brian não é apenas alguém que gosta de garotas gordas. Ele é alguém que conseguiu superar isso nesta vida, inundada com hábitos sociais sobre o que está bem e o que não está bem em termos de atração física, e ele foi indiferente a um desses hábitos. A forma como ele lida com esta atração é realmente uma das coisas mais atraentes sobre ele. Ele sabe que não tem a mesma opinião que a maioria das pessoas e não desperdiça tempo nenhum se preocupando com esse fato.


Eu gostaria de poder dizer que estou 100% bem comigo mesma. Quando as pessoas elogiam fotos minhas que eu odeio, eu ainda vou ficar imaginando como eu estou mal em todas as outras fotos que elas não estão elogiando.Mas eu faço pequenas coisas. Quando alguns colegas do trabalho e eu publicamos em dezembro este post (em inglês) sobre roupas “one size fits all”, fiquei apavorada com os tipos de coisas que as pessoas iriam dizer sobre o meu corpo. Mas quando as pessoas foram predominantemente tão positivas em relação a mim, isso me fez lembrar como é importante não ser seu maior censor. Deixei-me acreditar nas coisas boas que as pessoas disseram.

Dois anos atrás, eu nem tinha percebido que faziam biquínis de tamanho 50 — mas acontece que fazem. Vários bonitinhos. E este ano pretendo comprar um e usá-lo na praia. E vou curtir que ninguém será capaz de reclamar comigo sobre minha barriga gorda (sem parecer uma louca). Vou curtir como isso deixa o Brian animado, me ver feliz na minha própria pele. Vou deixar que ele curta aquilo que ama sem que eu destrua isso. Mas o mais importante, vou trabalhar para ganhar amor de mim mesma, a pessoa que sempre vai ser a mais difícil de conquistar. Vou flertar o máximo que eu puder e vou me ganhar de volta.

Se eu ainda estivesse no auge do meu peso, nunca teria me aproximado do Brian. Como eu era gorda, me ensinaram que há uma ordem de operações para o amor: primeiro, você emagrece; e então você pode sair com quem você quiser. Se não tiver a primeira coisa, a segunda coisa é impossível. Assim, para muitas mulheres que lutam com seu peso, isso se torna não só uma luta para sua saúde ou bem-estar, como também uma luta para serem merecedoras do amor que muitas pessoas consideram como normal.
A maior parte da minha vida, meu peso era como um holofote que me perseguia, realçando meu corpo mesmo quando eu só quero escondê-lo. Na terceira série, minha turma me elegeu extraoficialmente como “a porca da classe” — um título que abracei com muito gosto, pois a alternativa era não ter amigo nenhum. Quando eu tinha 10 anos, meu pai arrancou uma caixa de cereais da minha mão quando eu estava preparando a segunda tigela e me disse que eu iria “virar uma grande baleia”. No verão em que fiz 14 anos, eu suava como uma porca todos os dias por uma hora durante o treino da equipe de natação. Ainda assim, um dia, quando eu coloquei um biquíni, minha mãe falou tanto sobre minha barriga gorda que ela só pararia de falar quando eu jogasse o biquíni fora e nunca mais usasse um. Eu sempre odiei o meu corpo, e olhando pra trás, não estou certa se já me deram a oportunidade de amá-lo.
Mas no dia em que conheci o Brian, eu tinha acabado de passar o ano anterior perdendo lentamente quase 23 quilos, quase que exclusivamente devido ao desemprego. Eu não comprava muita comida e gastava boa parte do meu tempo livre desenvolvendo um hábito nervoso de corrida que me levou a passar horas, todos os dias, trotando em círculos em volta do meu bairro, tentando ir a algum lugar, enquanto minha carreira estava correndo sem sair do lugar.
Então eu estava me sentindo corajosa, aquele estúpido tipo de coragem que vem inesperadamente por você ter um corpo que pensou que nunca teria, e imaginando que tipo de coisas ele poderia conseguir. E, bem louca, fui até o outro lado do bar e me apresentei a ele.


Houve um período de três horas — entre o momento em que Brian me deu o primeiro beijo e o momento em que eu soube que o Brian se sentia atraído predominantemente por mulheres gordas — em que eu senti que eu poderia fazer qualquer coisa. Na minha cabeça, eu tinha feito o impossível. Seduzir uma pessoa magra e atraente foi como conseguir bronze, prata e ouro nas Olimpíadas das Ex-Garotas Gordas.

Em algum momento naquela noite, lembro-me de ter deitado ao seu lado, ainda me sentindo incrivelmente pretensiosa com minha vitória, quando o Brian me falou que normalmente eu não era o tipo dele.
Meu alerta interno de idiotas disparou. Ai, Deus, pensei. Esta é a parte em que ele me informa como ele é legal por ficar comigo apesar da minha bunda rechonchuda?
“Qual é normalmente o seu tipo?”, perguntei, me preparando para a parte em que ele daria a entender, não tão sutilmente, que ele geralmente conseguia alguma garota melhor do que eu.
Eu não tive a resposta que esperava.
“Eu gosto de mulheres gordinhas”, o Brian respondeu. “Mulheres bem gordinhas, na verdade”. Ele estava tão calmo e tão normal que era como se ele estivesse me falando sobre o tempo. Ele não estava envergonhado. Então repentinamente me toquei que isto não era uma tentativa de me derrubar, era apenas uma coisa (completamente normal, para ele) que ele estava revelando sobre si mesmo. Em outras palavras: estava conversando.
Mas aquela pequena parte de mim que esteve eufórica por horas, de repente ficou bem quieta. Mas eu sou o seu tipo, pensei tristemente. Naquele momento, eu sei que Brian tinha dito que ele não me considerava gorda, mas eu sei bem também, como qualquer um, que as pessoas não mudam fundamentalmente por quem se sentem atraídas. Brian ainda se sentia atraído por gordinhas, e eu era uma delas.
Isto, é claro, não tirou a atração que eu sentia pelo Brian. Nós começamos a ficar quase que imediatamente e nos tornamos inseparáveis. Quando eu o descrevia para as pessoas, minha tendência era a de usar como referência as celebridades pelas quais eu estava apaixonada naquele momento:
“Ele é exatamente como o Ben Folds, mas moreno, jovem e com uma pele melhor”.
“Ele é como se fosse uma versão local do John Oliver, mas com dentes melhores e um nariz mais atraente”.
“O Brian parece o Rick Moranis em Os Caça-Fantasmas”, eu disse uma vez, sem mais nem menos, durante uma festa de Halloween. “Mas, claro, ainda mais bonito”.
Foi nessa época que eu comecei lentamente a engordar de novo. Não que o Brian estivesse fazendo algo para me sabotar — ele apoiou e apoia o meu desejo de comer bem e me exercitar. Foi apenas o resultado de estar em um relacionamento feliz, inesperadamente com um trabalho de tempo integral e com a vida entrando nos trilhos. Coisas normais.
Com seis meses de relacionamento, eu me vi em uma situação muito desesperadora. Coloquei um vestido de verão que pensei que poderia ser um pouco aberto demais nas costas para meu peso atual.
“Imagino que, na pior das hipóteses, posso encontrar uma parede para encostar, ou andar bastante de costas”, eu disse ao Brian enquanto me vestia, tentando preventivamente pedir desculpas por uma roupa que eu tinha certeza que estava pendendo entre o lisonjeiro e o grosseiro.
Brian, no entanto, amou o vestido. Talvez até um pouco demais — eu gastei muito tempo, enquanto me vestia, dando tapas em suas mãos para mantê-las longe das minhas costas. Eu me senti feliz ao usá-lo, linda. Em breve eu estaria usando o tempo todo.
Então eu o usei para uma festa. No final da noite, Brian se virou para um amigo nosso em comum e, entusiasmado e embriagado, opinou: “A Kristin não está linda nesse vestido?”
O silêncio que se seguiu foi como aquele momento antes de apertarem o botão no tanque de água (igual aquele do Sílvio Santos), e você sabe que está prestes a cair, indefesa, em uma banheira gelada de punição. Eu percebi, tardiamente, é óbvio, que, para o Brian, eu realmente estava linda naquele vestido. Porque eu estava gorda.

Quando você é uma pessoa gorda que está emagrecendo, as pessoas vão surgir do nada para dizer que você está “incrível” — até a minha psiquiatra me chamava de “a incrível mulher que encolheu” em quase todas as sessões. Pessoas bem intencionadas sentiam essa necessidade constante de deixar bem claro que eu estava, de certo modo, melhor depois de ter emagrecido, e isso só deixa muito mais doloroso quando as pessoas param de te dizer que você está bem e não dizem mais absolutamente nada.



O Brian se cansa da minha auto-depreciação. Ele tem limites, ele é humano e, o mais importante, ele é um ser humano que me ama e me acha atraente, e está frustrado por ter que defender essas escolhas justamente para mim.Uma vez estávamos em um bar e vi uma mulher muito gorda sentada junto ao balcão. “Você a considera bonita?”, perguntei ao Brian, de uma forma que indicava claramente que ela não era. Foi uma pergunta mesquinha, cruel, e eu já sabia a resposta. Mas eu me peguei querendo ouvi-lo dizer que não, como se eu pudesse enganar o Brian quando ele admitisse abertamente que sua ideia de beleza — e que suas ideias sobre mim — estavam, é óbvio, incrivelmente erradas.“Sim, considero”, o Brian respondeu, sem morder a isca. “Ela é muito bonita. Qual é o seu problema? Quer outra cerveja?”


Texto tirado: Buzzfeed